investimento

Grupo fará um plano de viabilidade do Tecnoparque de Santa Maria

Eduardo Tesch


Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

O Santa Maria Tecnoparque vive um momento conturbado. Na última segunda, a luz elétrica do parque foi cortada devido à falta de pagamento por três meses. A dívida com a RGE Sul chegou na casa dos R$ 13 mil. As 19 empresas instaladas no parque, que fica no Distrito Industrial, só não tiveram seus trabalhos interrompidos porque um gerador foi ligado. Ainda durante a semana, conta foi paga e a energia restabelecida. Apesar disso, a falta de pagamento da conta de luz é sintomática - ela é apenas um entre os vários problemas que cercam o parque tecnológico desde a sua fundação.

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O Tecnoparque foi criado em 2011, em uma parceria entre sete entidades da cidade (prefeitura, UFSM, UFN, Ulbra, Cacism, Ajesm e Seprogs). Desde a inauguração, a prefeitura já investiu mais de R$ 1 milhão no parque. Somente no ano passado, o executivo transferiu mais de R$ 180 mil para manter a estrutura em funcionamento, além de passar a oferecer vigilantes no local. Para tentar resolver os problemas e apontar possíveis soluções para a viabilidade econômica do Tecnoparque, na noite da última quinta, aconteceu uma reunião entre os membros do Conselho de Administração.  

NOVA REUNIÃO 
Os conselheiros não chegaram a nenhuma solução definitiva para os problemas enfrentados. O presidente do conselho, Júlio Kirchhof, afirma que ficou decidido que será preciso fazer um estudo de viabilidade econômico do tecnoparque e que uma nova reunião será marcada com todos os membros fundadores para decidirem, em conjunto, o futuro do local.  

- A conclusão que chegamos foi que precisamos trabalhar melhor o Tecnoparque. Nós precisamos estudar a viabilidade do parque. Por isso, vamos convocar uma nova reunião entre os membros fundadores, ainda durante esse mês, para trazer uma proposta que seja viável para todos - afirma ele, lembrando que a ideia é fazer uma gestão em conjunto, envolvendo as sete entidades.

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A reunião ainda não tem uma data definida. A expectativa é que seja apresentado um plano para que todos os fundadores participem de forma ativa da gestão do parque, algo que não acontece atualmente. O presidente da Cacism, Rodrigo Décimo, ressalta a importância de se fazer um estudo técnico para analisar o papel de cada um frente ao Tecnoparque. 

- Lamento que tenha chegado a um ponto tão extremo com esse. Apesar disso, eu tento ver esse episódio como uma oportunidade para se fazer uma análise mais consistente em relação a viabilidade ou não do parque.

Apesar dos problemas que enfrenta, o Tecnoparque tem 19 empresas instaladas, que empregam cerca de 40 pessoas e geram um faturamento mensal de R$ 600 mil. Porém, o local tem espaço para 46 empresas. O diretor administrativo financeiro do parque, Tiago Sanchotene, diz que o problema com o corte de luz pode representar uma mudança para o Tecnoparque.

- Nós temos um parque tecnológico, uma estrutura que é para o futuro de todos nós. A cidade precisa participar junto desse crescimento. O corte de luz foi um pequeno problema, mas como a gente pode fazer que esse problema vire uma solução para a cidade inteira? - questiona.

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